Ateísmo: Parábolas e reflexões sobre o ateísmo na luz da lógica e das ciências
“É mesmo assim. É a mesma lógica por que sabemos que Deus está presente. Agora não o veem nem ouvem nem sentem. Mas talvez já em outro momento o sentimos ou ouvimos. E mesmo se jamais tivéssemos tido uma experiência própria com Deus, acreditaríamos em homens e mulheres de confiança, que têm tais experiências e confirmam que Deus está sempre presente. Seria muito estúpido alguém em tal situação negar a presença ou até a existência de Deus. Pela mesma razão também devemos conformar com o fato que sua pia deve estar empestada de muitas bactérias e aplicar uma limpeza cuidadosa e aplicar cloro.”
Deus e lobisomem
Li essa frase como comentário em um site. Mas ela contém uma grande bobagem. Poderíamos responder a esse rapaz: „Quantos de seus amigos, colegas e parentes conhecem, já viram ou sentiram um lobisomem? Certamente ninguém. E quantos já conhecem, viram ou sentiram a Deus? Certamente alguns.“
Então Deus não é como um lobisomem, mas como outras coisas ou pessoas ou fenômenos, que não todos, mas alguns conhecem como as meninas capturadas, estupradas e mutiladas por grupos muçulmanos em países muçulmanos, que poucos conhecem pessoalmente, muito menos viram as feridas, mas alguns médicos as viram, ou como certos animais raros ou fenômenos naturais extraordinários. Somente poucos os viram, mas nem por isso podemos deduzir disso que eles não existem. Simplesmente insistir dizendo “Mas eu acredito que tal não existe” seria infantil e bobo.
Anos depois, em 2010, uma pessoa conseguiu ocasionalmente filmar um raio globular, que aparece nesse video no minuto 3.10
Mais tarde João contou tudo a um amigo e concluiu: “Quem sabe essa testemunha falsa ganha com isso e inventa por isso tais histórias.”
Rainha Elizabeth e o ateísmo
Era uma vez um treinador de cavalos, que descobriu um método novo para adaptar cavalos para a equitação. Naturalmente um cavalo foge o homem e não deixa que um cavaleiro o monte. Tradicionalmente demora uns dias ou semanas para quebrar a resistência de um cavalo através de açoites e outras aplicações cruéis. Depois o cavalo se rende resignado e quebrantado.
Monty, um treinador de cavalos da Califórnia, EUA, decifrou a língua de sinais, que os cavalos usam entre si, e assim conseguiu se comunicar com eles. Contou que geralmente só demoraria poucos minutos até o cavalo aceitar o homem depois de uma comunicação breve, e então o cavalo confiaria no homem. Desta maneira não demora nem meia hora e o homem consegue selar e montá-lo.
Na tentativa de convencer outros treinadores de cavalos, todos, inclusive seu próprio pai, falavam que o novo método não funcionaria nem pode funcionar. Quando o homem se ofereceu para demonstrar seu método, eles nem queriam assisti-lo. Mas ele conseguiu, pelo menos, publicar alguns artigos em jornais de equitação.
Muitos leram sobre o método novo, que seria mais humano, não estragaria os cavalos e seria muito mais rápido, mas já que centenas de outros treinadores falaram mal de Monty e garantiam que seus métodos não iriam funcionar, poucos foram atrás de Monty para conhecer o novo método.
Mas teve uma mulher forte, independente e inteligente que também leu os artigos e pensava: não importa quantas pessoas falam mal do novo método, já que estes nem o conhecem nem testaram. Só vale o testemunho de Monty e uns poucos colaboradores dele, já que este já testou e usa o novo método. Por isso só os testemunhos deles podem ser levados em conta.
Sendo eles poucos e de pessoas de um círculo relativamente pequeno, a mulher não confiava cegamente, porque poderia se tratar de uma fraude por uma pessoa sob motivo desconhecido. Ela foi a rainha da Inglaterra Elizabeth II. Possuindo muitos cavalos, assim como quase todos os parentes dela, resolveu convidar Monty ao seu palácio e pediu demonstrar seu método aos seus treinadores e a ela mesma. Deram a Monty uns potros jamais montados e depois uns cavalos conhecidos por serem muito bravos e indomáveis. Monty conseguiu se comunicar com eles, tranquilizou e montou-os. Depois dessa demonstração clara ela mandou para usar o método futuramente em todos seus haras e organizou muitas palestras para Monty em todo o seu reino.
Na mesma situação muitas pessoas estão quando eles não sabem se Deus existe. Eles só devem levar em conta testemunhos de pessoas que já têm experiência com Deus. Deve tomar os testemunhos a sério. Normalmente nem precisaria de provas, já que não são poucas pessoas de um círculo pequeno, mas se quisesse poderia orar, entregar a sua vida a Deus e fazer o teste, se existe realmente uma convivência com Deus e algo sobrenatural.
O ateu com os pés frios
Oskar e Max, dois meninos alemães sentavam lado ao lado na escola pintando uma pintura sobre o tema “mata em chamas”. Apesar do tema quente Max reclamou: “Meus pés estão com muito frios, um saco!“
Oskar disse: “Antes tive também pés frios. Não dá para estranhar, porque as janelas estão abertas nos dois lados.“
“E agora não tem mais pés frios?“
“Não.“
“Como conseguiu? Mexeu com eles?”
“Não, não dá. Por acaso posso fazer um barulho pisando? É assim que me concentro nos pés e desejo, que o sangue corra mais rápido para os pés aquecendo-os. E se não basta, oro. Meu pai me ensinou o jeitinho.“
“Seu pai? Orar? Mas seu pai é tão bobo assim? Vocês acreditam em Deus?“
“Meu pai é crente.”
“E você se deixa cativar por tais bobagens?“
“Não sei, se meu pai tem razão, mas a vantagem é que não sofro mais de pés frios.“
“Está acreditando nessa doideira?“
“Como disse, não sei, se existe um deus, mas sei, que posso aquecer meus pés assim.“
“Que maluco! É mera fantasia! É impossível aquecer seus pés assim, já que Deus não existe.“
“E como sabe-o com tanta certeza?”
“Xi, todos o sabem.“
“Bom, se acha mesmo... só posso te garantir, que se vive muito melhor com os pés quentes, mesmo se fosse só resultado de fantasia, como você supôs.”
“Está se enganando a si mesmo.“
“Que tal você tentar o mesmo. Talvez funcione com você também!“
“Pode deixar. Com certeza não vou nisso. Melhor ficar com pés frios do que fazer uma bobagem dessas.“
Pois é, Max prefere continuar com pés frios do que ter uma experiência com Deus. O medo de descobrir, que Deus existe, o que teria consequências graves para sua vida, é maior do que o medo de pés gelados. Ainda que esse caso teria explicação fácil, porque mesmo se Deus não existisse os pés começariam a aquecer um pouco pelo efeito psicológico, se a pessoa pensa no aquecer. Nossos pensamentos, ao que parece, podem influenciar o correr do sangue, se nos concentramos bem e são treinados nisso.
O mesmo vale para muitas situações na vida. Vamos supor, que Deus não existe e um cientista conseguiria prová-lo. Aí poderia dizer a si mesmo: “Finalmente sei a verdade. Mas não vou publicar a pesquisa, porque se todas as igrejas fecham, o que seria com todos os hospitais e o trabalho social, ético e cultural das igrejas? Bilhões de pessoas cairiam em um buraco ético como quando acabou o comunismo, e iriam cultivar um egoísmo desinibido, mesmo se tivessem que lançar mão de meios criminosos. Eu mesmo vou orar a Deus. Agora que sei que Deus não existe, não corro mais risco que aconteça algo sobrenatural, mas orando estimulo as energias psicológicas em mim, o que me ajudará.”
O cientista saberia, que Deus não existiria, mas usaria a energia positiva da oração para si e ensina-a também aos seus filhos, para que fiquem mais tranquilos em situações perigosas e podem combater, entre muitas outras coisas, também seus pés frios.
Além disso, teria a consciência de que um país sem religião ficará fraco e sem ética, a não ser, que a religião seria substituída por uma ideologia, que implantaria uma nova ética ao povo, o que foi tentado pelos comunistas, fascistas e nazistas. Regiões sem religião nem ideologia substituinte ficam à toa e com o tempo cada um faz o que quiser. Na Alemanha existem regiões sem religião. Geralmente ficam no leste, onde antigamente o comunismo combatia as igrejas, e depois do fim do comunismo as pessoas não voltavam às igrejas. Se viajar nessas regiões vai se surpreender com alguns fatos. Claro, não vai chegar a saber, se as pessoas são sinceras, pagam seus impostos, comportam-se em casa e a respeito de seus vizinhos, mas algumas coisas qualquer um pode observar: No trânsito as pessoas são mais grossas e egoístas e não respeitam as regras e leis, a não ser, que avistem um policial ou um radar. Eles ultrapassam em lugares impossíveis e mostram um comportamento que lembra ao de muitos motoristas no terceiro mundo, onde os motoristas muitas vezes são ignorantes, mal ensinados e as igrejas, na maioria, evitam a abordagem de questões do dia a dia como o comportamento no trânsito para não desagradar aos membros.
A segunda coisa, que cai logo na vista, é que evidentemente muitas pessoas jogam seu lixo pela janela do carro ou largam-no na natureza. Às rodovias estão circundados por milhares de peças de lixo como garrafas e caixinhas e sacolinhas vazias de doces e outras comidas, lembrando também assim a situação em muitos países do terceiro mundo.
Um desses lugares é a ilha Rúgia (Rügen), a maior ilha da Alemanha. Poderia ser um paraíso de natureza com suas praias, falésias e matas de faias, mas o lixo em qualquer lugar assusta. Já que a Alemanha antigamente era um país cristão com uma ética bem ensinada, não tem o costume de um prefeito contratar garis para recolher o lixo, e por isso até hoje ninguém recolhe o lixo e ele se acumula nas estradas, trilhos e outros lugares.
Nas regiões, que tem maioria cristã, também não existem garis para catar lixo. Se ocasionalmente um cidadão perde sem querer ou por desvio de comportamento algo que vira lixo, um cidadão bom vai vê-lo e catar o lixo, fazendo uma boa obra para a sociedade.
Por essas razões até um ateísta deveria ter um interesse, que as igrejas sejam fortes, se pensasse no melhor para a sociedade. Um homem, que teve essa responsabilidade por ser “o responsável” pelo povo foi o rei prussiano Frederico II. Pessoalmente sem fé fez questão, que as igrejas na Prússia sejam fortalecidas para manter a ética em pé e a Prússia se tornar um país forte.
Infelizmente quase não tem outro ateu que age assim. Muito menos tem ateus, que oram e ensinam suas crianças a orar para beneficiar-se das vantagens, mesmo que seriam, segundo eles, meramente psicológicas. Pois todos eles têm no fundo medo de que Deus poderia existir e se manifestar e mostrar ao ateu, e é justamente o que ele não quer. Assim mostra, porém, que não tem certeza, que Deus não existe. Outras coisas estranhas ele tentaria sem medo. Por exemplo, se alguém dissesse a um ateu: “Você não vai acreditar, mas na cozinha pode dizer simplesmente: Alexa, me dá 100 R$, e logo aparece uma cédula de 100 R$ na mesa.”
O ateu iria contestar a história, mas se o outro insistisse, o ateu iria na cozinha e diria a frase. Não teria nada a perder. Se a cédula não aparecesse, provaria sua opinião, e se a cédula realmente aparecesse, melhor ainda: tornar-se-ia rico. Mas se contamos a um ateu de uma experiência com Deus, ele de jeito nenhum tentaria o mesmo, porque correria risco de precisar mudar não somente a opinião, mas também a vida.
Se um carro não funciona ou se não conseguimos mexer com ele, não adianta dizer que o carro não existe.
Ciências como a biólogos ou a física certamente ainda hoje incluem um ou outro erro. Será que, portanto, deveríamos acabar com as ciências, assim como alguns querem acabar com a teologia?
O aquário
Pudenora e Alfonso eram dois peixinhos em um aquário grande de uma casa bonita e rica. Mas não sabiam nada dessa casa, nem conheciam a palavra aquário, porque nasceram no aquário e jamais saíam dele. Por isso acreditaram ser o aquário o mundo inteiro.
Quando se aproximavam do vidro só conseguiam lobrigar contornos frouxos, porque seus olhos são adaptados à água e não prestam para enxergar para fora. Por isso não faziam ideia de que se tratava. Tinha uns peixes acreditando que teria outro mundo atras do vidro, mas a maioria achava que os contornos e cores frouxos atrás do vidro seriam reflexões e outros efeitos no vidro, assim como muitos seres humanos (sobretudo antigamente) pensavam, que as estrelas seriam luzes coladas no céu para divertir os humanos.
Alfonso foi um peixe bastante inteligente, e quando certa manhã topou com uma pedra nova colocada no aquário, confiou a sua amiga Pudenora uma teoria audaciosa: “Jamais vi essa pedra antes. Será possível que foi colocada por alguém na noite?“
Pudenora, acostumada com as idéias estrambóticas de Alfonso, sorriu: “Puxa, Alfonso, que ideia. Todos sabemos que pedras surgem, quando areia é comprimida com muita pressão e calor. Acontece na natureza ocasionalmente.”
“É claro que sei disso, mas a pedra apareceu justamente no lugar mais adequado, onde ela fica muito bonita. Não pode ser por acaso.”
“Coincidência e acaso podem produzir as coisas mais incríveis. Recentemente achei um floco de comida para peixes muito gostoso, e quando o mordei, quebrou no meio e uma metade desceu e caiu justamente na boca de minha irmã, que estava dormindo. Ela acordou e agradeceu a mim achando que foi um mimo de mim para ela, mas, na verdade, aconteceu só por acaso, por incrível coincidência ou sorte.”
“Pois é, Pudenora, já existem coincidências estranhas. Mas não tudo é coincidência. Veja o surgimento desses flocos gostosos. Os peixes mais velhos dizem, que eles surgem, porque tem algas na superfície da água, e elas evidentemente tem frutos assim. Outros dizem, que os frutos viram flocos sob influência de luz e o ar na superfície. Mas temos às vezes mais, às vezes menos algas, mas a quantidade de flocos é sempre a mesma. E é justamente a quantidade necessária para alimentar todos nós peixes. Como se um ser inteligente estivesse no controle de tudo.“
“E quem de nós deveria ser tão inteligente e faz tudo acontecer? O velho Kuniberto?”
“Certamente ninguém de nós. Talvez um ser, que ninguém imagina. Sem nadadeiras nem brânquias.”
“E como sobreviveria sem elas? E por que jamais ninguém viu tal ente?”
“Bom, talvez mora no mundo atrás do vidro.”
“Será que está acreditando no mundo atrás do vidro?”
“Bom, não tenho certeza. Mas não tem só o fenômeno com os flocos. Também o surgimento súbito de pedras e plantas parece como seguindo a um plano. Não parece que eles nascem em lugares por acaso, sem ordem. Pelo contrário, todo o nosso mundo parece bem planejado. Já refleti sobre o mesmo há muito tempo e queria muito saber, o que tem atrás do vidro. Às vezes fiquei por horas olhando pelo vidro tentando vislumbrar para além. E às vezes observei um movimento como se alguém estivesse lá.
Não sei, mas acho que se a gente avalia tudo sem preconceitos, as mudanças no aquário, que sempre parecem seguir um plano superior, como se alguém arranjasse tudo assim, que funcione, possibilite nossa existência e seja bonito, é muito fácil chegar à conclusão que lá fora deve existir alguém que planeja tudo e que de vez em quando interfere em nosso mundo.”
“Também não sei, Alfonso, mas acho que se a gente avalia sem preconceitos suas ideias malucas, é muito fácil chegar à conclusão que você é um doente mental.”
Carlo: “Quem é mamífero, mas tem um bico?”
Filomena, com raiva: “Vou bater em você!”
Carlo, rindo: “Não estou falando de você, apesar de ter falado antes para você fechar o bico. Mas existe realmente um mamífero com bico. E bota ovos!”
Filomena: “Entendi. E minha avó tem um puteiro na Austrália com 400 funcionárias.”
“Não está acreditando, né?”
„Será que um dia chegará ao ponto de querer que acredito que o inverno é mais quente do que o verão?”
“Peraí, pode crer, li sobre tal animal. Chama-se ornitorrinco.”
“Inventa outra. Que tal um lobisomem ou um dragão?”
“Existem até dragões.”
“Sei. São soldados de cavalaria.”
“É, por exemplo antigamente os dragões reais de Minas Gerais. Mas estou falando de animais. Tem um dragão dourado, um dragão azul...”
“Tá confundindo com baleia azul não, rapaz?”
“De jeito nenhum, o dragão azul é muito pequeno e vive bem fundo no mar.”
“Então seu ornidorrindo também deve ser minúsculo e esconde-se no fundo do oceano que ninguém nunca o viu.”
“Pelo contrário, é bem visível. Existem até fotos.”
“Hoje em dia, até programa de celular consegue falsificar fotos.”
“Escuta, o ornitorrinco vive na água, tem um bico como um pato, mas maior, um órgão eletrossensorial para se orientar na escuridão e nas águas turvas, defende-se com um esporão venenoso, bota ovos e amamenta os filhotes com leite sem ter mamas.”
“Amamentar sem mamas? Mas qualquer um consegue.”
“Como assim?”
“Com mamadeira, seu bobo.”
“Aqui está escrito: o ornitorrinco é parcialmente mamífero, parcialmente ave e parcialmente réptil.”
Filomena, zombando: “Entendi. E uma sereia é meio mulher, meio peixe. Vi também já uma pintura de animais que são pela metade homem, pela metade cavalo. O nome deles é xenosauro, se lembrar bem.“
„Não, o xenosaurus é um tipo de lagarto... puxa, um animal com X, tenho que me lembrar quando jogar Adedonha!”
“Quer dizer, que esses homens-cavalos existem de verdade?”
“Não o xenosaurus tem aparência bem normal.”
“Puxa, se você acha que um lagarto tem aparência bem normal, não dá prá estranhar que acredita também em mamíferos botando ovos e amamentando filhotes com mamadeira.”
“Eles não usam mamadeiras, o leite pinga pelos poros na pele e os bebezinhos lambem os pelos da mãe. Mas o nome certo de seus homens-cavalos é centauro, só que eles jamais existiam.”
“Como pode ter certeza disso?”
“É verdade, não podemos ter certeza absoluta, mas jamais foram achados fósseis ou esqueletos, por isso podemos supor que...”
“Supor e saber não é o mesmo.”
“Isso mesmo. Por isso também um ateu não pode dizer, que Deus não existe, só porque ainda não conseguiu encontrá-lo.”
“Xiii, agora está vindo com Deus ainda por cima! Se não saber outro argumento vem com Deus, né? Assim como ontem na discussão sobre o suicídio. O fato de você agora de novo balbuciar de Deus prova que não tens argumentos certos, e disso podemos concluir que também a história com o omnidorindo só saiu de sua fantasia.”
“Puxa, o que Deus tem a ver com o ornitorrinco?”
“Isso queria saber eu! Não foi você quem começou a falar de Deus e esse omnidolin... – esse animal-ônibus?”
“Falei, mas em momentos diferentes. Deus foi só um exemplo para demonstrar que é impossível provar a inexistência de algo ou alguém. Só poder-se-ia dizer que parece, que algo não existe, que seria provável, que não existe. Por exemplo, suponho que não tem elefantes livres no Brasil. Não é impossível, que um elefante que fugiu de um zoológico ou de um circo, conseguiu meter se na mata vivendo lá até hoje. Mas elefantes são bem maiores do que dragões azuis, e certamente alguém já teria descoberto a existência de um elefante silvestre no Brasil.”
“E aí? Pode até ser que alguém vi um elefante na mata. Mas nem todos querem ficar na berlinda tirando fotos e postando-as ou vendendo-as a jornais. Quem sabe, alguém viu um elefante e pensou: Vamos deixá-lo em paz, para ele poder viver tranquilo na mata.”
“Justamente. Agora vou com você. Temos a mesma opinião.”
Filomena, meio incrédula, meio aborrecida: “Como assim? Não pode ser.”
“Pode sim, porque eu quis dizer justamente o mesmo como você: Embora que seja improvável, não podemos descartar a possibilidade de um elefante vagar por uma mata brasileira. Não tem como provar a não-existência. Só podemos provar a existência, por exemplo com uma foto. E do ornitorrinco existem fotos.”
“Já falei: montagem de fotos é muito fácil. Falsificar um vídeo já fica mais difícil. Mas quem tiver programas profissionais... hoje em dia tem até vídeos com centauros e dragões.”
“Mas, veja só, Filomena, tenho fontes bem sérias. Eles até fornecem detalhes: Agora uma rede internacional de cientistas decifrou o código genético do animal descomunal. Descobriram que se trata de uma mescla die classes animais diferentes que se acham no genoma até hoje.”
“Talvez um cientista chinês o tenha criado por manipulação de genes.”
“Não, o animal existe já há muito tempo.”
“E como vai saber disso? Mal vive uns quarenta anos!”
“Puxa, esse ornitorrinco já está em todos os livros de biologia faz cem anos, no mínimo.“
“Aff, no meu livro de biologia na escola jamais vi um troço desses. Que bobagem disparatada! Qualquer um que prestou atenção nas aulas de biologia sabe, como surgiram os animais. Tem o darwinismo e outros ismos, também existe aquela árvore do reino animal, onde se vê um ramo representando os mamíferos. Ele vai para cima e subdivide-se em ramos menores simbolizando as ordens, famílias e espécies. E as espécies mais altos são o chimpanzé, o bobo, o orangotango, o gorila e os humanos. Não é possível cruzar os ramos, a não ser de vizinhos muito achegados como o cavalo e o asno. Mas cruzar ramos afastados como um réptil ou uma ave com um mamífero é completamente fora do possível, só existe em sua fantasia perturbada.”
“Não precisei da minha fantasia, é simplesmente informar-se em livros ou na internet.”
“Aa, mas se escreve qualquer coisa. O papel é mais paciente do que as pessoas. E onde viveria tal besta?”
“Na Austrália.“
“Imaginei. E Hitler vive no outro lado da lua. Sabe muito bem que a Austrália fica longe demais para poder verificar a existência desse ônibus com bico de pato e mamadeira.”
“Será que pelo menos já chegou a ler um livro de biologia por completo incluindo o capítulo sobre o ornitorrinco?”
“Não, não preciso. Também não preciso ler um livro científico para saber que não existem elefantes voantes. Tais coisas podemos saber simplesmente aproveitando-nos da lógica e da nossa inteligência. Deve ser claro, que coisas impossíveis não podem existir e por conseguinte não existem.”
“A sua lógica! E por que, na sua opinião, é que todos os cientistas falam, que o ornitorrinco existe?”
“Sei lá! Por que os teólogos falam, que Deus existe? Certamente tiram de alguma maneira uma vantagem dessas mentirinhas. Papel é paciente, como já falei antes.“
“Filomena, será que já ouviu falar que tem pessoas que viajam para a Austrália como turistas ou em negócios, e ninguém jamais escreveu algo no sentido de que o ornitorrinco não existe, mas seria uma grande marmelada para enganar a gente.”
“Talvez sejam falsificados. De pelúcia e com bico de plástico ou de pato costurado ou colado no rosto. Uma brincadeira para divertir e enganar turistas como as tartarugas gigantescas de concreto na praia de Sergipe.”
“Pois é, se alguém tivesse visto os animais e reparado algumas coisas irregulares poderia escrever um artigo ou livro lançando a teoria que os ornitorrincos seriam falsificados. Neste caso tomaria a opinião a sério. Mas é um absurdo se alguém como você nega a existência dos ornitorrincos sem saber nada, só repetindo birrentamente que eles não podem existir.”
„Absurdo? Xiii, absurdo é você, Carlo, com suas teorias de cruzamentos mesclando répteis, aves e mamíferos. Eu pelo menos sei ainda contar um mais um e pensar coisa com coisa.”
“Pois é, não quer dar uma olhada no livro, viajar para Austrália também não parece viável, mas está inventando teorias.“
“Eu? Você estava a inventar teorias. Eu falei justamente o contrário.“
“Bom, se não quer ler um livro ou artigo na internet, vou te convidar para visitarmos um zoológico.”
“Esqueça. Não gostaria de virar objeto de zombaria. O que contaria às minhas amigas se perguntam o que eu queria ver no zoológico? Falar que queria conferir se existem animais meio réptil, meio ave, meio mamífero? Também riria se uma amiga me dissesse que iria ao zoo para verificar se existem elefantes voantes.“
“Bom, neste caso não tem jeito para te mostrar a verdade. Vou deixar o livro na mesa, quem sabe vai olhar depois.”
“Nem pensar. Como já falei, nos livros tem de tudo. Quantos livros não alegam que existe um deus, embora que qualquer um possa ver, que ele não existe.”
“O fato de você não conseguir vê-lo não prova, que ele não existe. Nisso já chegamos à mesma opinião. A inexistência de algo não pode ser provado.”
“Será que cheguei a abaixar meu nível tanto que cheguei a ter a mesma opinião como você?”
“Assim como existem pessoas que já estavam na Austrália e já viram ornitorrincos, existem também pessoas, que fizeram uma experiência pessoal com Deus. E ninguém deles jamais escreveu um livro dizendo que tudo seria só uma falsificação. Livros dessa laia só foram escritos por pessoas sem experiência qualquer com Deus, que apesar disso acham que podem discursar sobre a existência ou inexistência de Deus.”
“E como podem ter experiências próprias com Deus se Deus não existe?”
“Mas outras pessoas justamente relatam tais experiências. Coisas estranhas, milagrosas e sobrenaturais. E ateu nenhum conferiu e descobriu que atrás de uma oração ouvida e atendida por Deus ou atrás de outro fenômeno sobrenatural exista uma falsificação, quem sabe, uma organização secreta ou alguma outra força.”
“As pessoas que alegam que teriam experiências próprias com Deus certamente têm uma ou outra vantagem espalhando tais mentiras. Pastores e padres, por exemplo, eles ganham assim seu salário.”
“Eles, sim, ganham com isso, mas todos os outros não ganham. Até existem ateus, que realmente conferiram os fenômenos sobrenaturais relatados por crentes para descobrir as supostas mentiras ou enganos, e acabou com eles virando crentes.”
“Então foram vira-casacas frouxas, se mudaram tão rápido sua opinião.“
“A gente deve adaptar sua opinião, se chega a saber de novos fatos. Nós também deveríamos mudar a opinião se descobrissem, que existem ou existiram anões ou duendes. É questão de prudência. Do contrário seria obstinação e birra infantil.”
“Mas não falamos de fatos, mas de crença, então algo imaginário, mera fantasia.”
“Bom, neste caso nem precisa viajar até a Austrália para conferir a veracidade. Convido-te para fazer o teste se Deus existe. Ore e entregue sua vida a Ele. Diga-lhe que está oferecendo a vida, para Ele a partir de agora dirigir os seus passos. Peça-o para te mostrar o que deverá fazer com sua vida, qual caminho deveria andar. Muitas vezes demora meses, mas finalmente vem a resposta e muitos fazem experiências sobrenaturais maravilhosas. E quando receber tal resposta e fazer essas experiências teria todo o direito de verificar, se foi realmente Deus, quem agiu, ou se foi imaginação, alucinação ou fraude.“
“Tá maluco? Pensa que sou idiota assim? Com tais coisas não se brinca, dá azar.“
“Como? Se Deus não existir, não precisará ter medo. Seria um teste inútil e vão, sem efeito nem consequências, assim como se prometesse ao Papai Noel dirigir com mais prudência para ele lhe dar um presente bom no Natal.”
“Não quer dizer que qualquer um que ora desse jeito, receberá uma resposta e lhe acontecem coisas sobrenaturais, quer?“
“Não, realmente não todos. Alguns talvez não orem de um coração sincero ou erram em outra coisa, ou Deus tem as suas razões que nós não conhecemos. É verdade, não todos conseguem o objetivo.”
“Então não é prova nenhuma. Se eu o tentar e não sentir nada, você continuará dizendo que Deus existe e que eu teria feito algo errado.“
“Bom, mas se ocorrer o contrário, aí você ganhou uma nova experiência e mudará sua opinião.
“Mas não tenho vontade de mudar a minha opinião. Faria o teste para mostrar que você está errado.”
“Se quisermos fazer um teste representativo teríamos que reunir mais pessoas. Por exemplo, todas as suas amigas. Vocês vão orar. Claro, precisariam de alguém que guie vocês, porque ao que saiba não tens amigas crentes. Depois de dois ou três anos vocês se reunirão de novo. Um terço ou mais de vocês vai ter feito experiências extraordinárias com Deus e de forma sobrenatural. Aí poderão discutir os relatos e depois pode avaliar, se foi realmente Deus atrás das ocorrências ou outro fenômeno ou, quem sabe, uma falsificação.“
O elefante, os ratinhos e o ateu
“Cristina, imagine, meu marido disse ontem, que elefantes teriam medo de ratinhos pequenos. Ultimamente ele começa a contar coisas incongruentes a dar medo. Será que tem algo com a cabeça?”
“Pois é, Paula, acho que também ouvi uma coisa dessas, mas fui ainda criancinha. Acho que foi minha tia, que contou o mesmo. Os elefantes levariam um susto de animais como ratinhos e camundongos.”
“Veja, Cristina, é um absurdo. Elefantes são os animais mais fortes do mundo. Nem tem medo de leões sequer. E um leão devora um ratinho como uma pequena sobremesa. Por que então um elefante poderoso teria medo de um ratinho?”
“Não sei. Realmente parece fora da lógica, mas não tudo, que parece ilógico, é sempre mentira. Para saber a verdade seria necessário consultar alguém, que conhece o comportamento de elefantes; o ideal seria fazer um teste. Antes só dá pra dizer que o consideramos improvável ou que seria fora da imaginação, mas certeza poderíamos ter apenas após um teste.”
“É mesmo, talvez só um teste convenceria meu marido. Infelizmente seria muito difícil para conseguir. E ainda não é a única bobagem que meu marido está concebendo. Por exemplo, diz que daqui a cem anos não haveria mais pessoas loiras por causa da miscigenação, e daqui a cinquenta anos mais pessoas iriam assistir a jogos eletrônicos do que a jogos de futebol.”
“Bom, qualquer um pode fazer prognósticos assim, mas é mera especulação, assim como dizer que o Brasil seria o próximo campeão mundial de futebol. Ninguém pode sabê-lo. Só o futuro revelará, quem teve razão.”
“Mas algumas coisas nunca acontecerão. Veja, meu marido diz também, que chegou a virar crente. Acha que Deus existe mesmo. Mas acho que o dia a dia e o estado lamentável do mundo mostram, que não tem um Deus no controle. Os maus triunfam, represas quebram, doenças arrasam países inteiras e por aí vai.”
“Mas também nunca foi prometido na Bíblia, que Deus iria impedir todos esses males, ao que saiba. Se construir uma barraca de camping de um jeito errado, desmoronará. Deus não vai te ajudar com um milagre. E se construir uma casa de um jeito errado, cairá também, e se você estiver por dentro, talvez esteja morta. Se eu fosse Deus, impediria tais catástrofes... bom, pensando melhor, talvez melhor não mexer nisso, porque se fazer milagres toda hora, as pessoas ficariam sem cuidado, porque saberiam que Deus os ajudaria sempre com milagres. Mas não conheço as razões de Deus. Evidentemente ajuda só em casos singulares. Não conhecemos as razões, por que Deus age ou não age, só consta que age em alguns casos; por exemplo, se Deus avisa a alguém para sair depressa de uma casa, e logo depois a casa desmorona. Por que algumas pessoas recebem tais avisos e ajuda em certos casos e outros morrem, não se sabe. Talvez são pessoas com as quais Deus ainda tem um plano especial, mas evidentemente morrem também em acidentes, guerras e atrocidades pessoas crentes e boas.”
“Está falando o tempo todo como se Deus existisse. Mas não há deuses no mundo.”
“Bom, para ser sincera; nunca tive interesse pelas questões religiosas, mas realmente só posso dizer que não sei, se Deus existe e que também não me interessei, se ele existir, porque quero resolver meus problemas de minha maneira e viver assim, como eu gosto.”
“Como? Está dizendo que não interessa? Mas se tivesse um Deus, a gente teria que viver bem diferente. Aí o que importa agora, talvez não seja mais importante; em lugar disso teria outras coisas importantes e valores diferentes. Mas como já disse, estou convicta de que Deus não existe.”
“Na verdade, é também assim como com os elefantes e ratinhos. Para saber a verdade teríamos que fazer o teste. Antes nem podemos saber uma nem outra coisa.”
“E como se pode testar se existe um Deus? Orar e pedir por um carro novo e olhar noutro dia, se surgiu um carro novo na garagem?“
“Pois é, se fosse tão simples! Testes dessa laia poderia talvez fazer em tempos de miséria e calamidade. Por exemplo, se você vive em uma região, onde todos passam fome por colheitas estragadas, aí poderia reunir muitos amigos e orar, pedindo por orientação e ajuda. Depois deveríamos conferir, se nas vidas de algumas pessoas aconteça algo. E em seguida teríamos que verificar, se não teria explicações alternativas. Às vezes uma pessoa recebe de repente uma ajuda por mera coincidência.”
“Mas não temos epidemia de fome aqui. Basta um teste simples. Não precisa ser logo um carro novo. Certa vez orei por ajuda antes de um teste de matemática. Não fui preparada e contei com uma nota baixa como 3 ou 4, ao máximo, mas precisava de 6 pontos, no mínimo, porque os dois testes antes foram péssimos. Aí orei com toda a sinceridade e prometi a Deus, que creria nele, se ele me ajudasse a ganhar seis ou mais pontos. Mas, pensa, tirei só um ponto. Viu, não preciso de outro teste.”
“Não, teste assim não prova a existência ou inexistência de Deus, prova só, que você estava toda despreparada e também não mereceria 6 pontos. Deus não liga a tais conluios. Se eu fosse Deus, também não atenderia a pedidos dessa laia.”
“Mas isso não é muita gentileza de sua parte...“
“Se realmente quiser testar, se Deus existe, a gente deveria se orientar nos cientistas, que testam, se alimentação mais rica em vitaminas implica melhor desempenho no dia a dia, leva a mais inteligência e consequentemente a melhores notas na escola. Seria um teste demorado de vários anos. Precisaríamos de pelo menos cinquenta pessoas sem experiência com Deus. Teriam que orar a Deus cheios de fervor e sinceridade dizendo que queriam mudar a vida, conhecer a Deus e viver sob sua orientação, entregando-lhe a vida, como os crentes dizem. Significa que eles querem, que desde então Deus tome as decisões e os guie na sua maneira, e eles seguiriam a sua orientação. Depois de dez anos se vai coletar os relatos e avaliá-los. Muitos dirão que não teriam sentido diferença nenhuma, nada de incomum ou sobrenatural. Isso, porém, não prova a inexistência de Deus, porque talvez orassem sem sinceridade ou Deus desconfia deles por outras razões. Alguns contarão que sentiram algo e alguns relatarão milagres e outras ocorrências sobrenaturais. Quem sabe, alguém resolveu mudar a vida radicalmente para ajudar a crianças pobres. Aí, do nada, recebeu muito dinheiro e podia ajudar a muitas crianças fundando uma ONG. Tais casos a gente teria que avaliar e examinar. Para alguns casos talvez bastasse mera coincidência, não provaria que Deus seria atrás dos acontecimentos felizes. Mas quando avaliar tudo, veríamos se nas vidas dos participantes do teste aconteciam mais coisas milagrosas desse jeito do que se esperava em relação à média na vida de outras pessoas.”
“Pois é, infelizmente não somos cientistas. Um teste assim realmente seria interessante, gostaria de pesquisar dessa maneira.”
“Pensando bem, nem precisaria ser cientista. Qualquer um poderia testá-lo. Nós duas poderíamos fazê-lo, quem sabe, ajuntando ainda uns amigos, e depois de alguns anos veríamos os resultados relatando as experiências.”
“Tá doida? Aí eu teria que orar sinceramente a Deus. Mas se ele não existe, seria muito absurdo. Não se brinca com tais coisas, dá azar!”
“Como assim? Se Deus não existe, também não pode dar azar, poderíamos brincar como quisermos, não teria tabus religiosos. Seria a mesma coisa alguém orar ao Papai Noel pedindo por um presente. Não funciona, mas também não implica desvantagens ou azar.”
“É, mas se Deus existir por acaso, poderia acontecer que se faz uma experiência religiosa, e aí a gente teria que mudar a vida toda. E não quero mudar a minha vida.”
“Nisso justamente reside o problema.”
O teste
“Não acredito em Deus. Deus não existe.“
“Antes de espalhar boatos: Já fez pelo menos o teste?”
“Teste? Qual teste?“
“Veja, antes de difundir uma coisa, por exemplo, alegando que certo medicamento não faria efeito algum, a gente deveria ter testado o medicamento, não é?“
“Claro. Mas um medicamento podemos ingerir e esperar, se faz efeito. Mas como se pode testar, se Deus existe?”
“Imagine alguém dizer que teria descoberto uma frase mágica antiga, que realmente funcionaria. Seria possível transformar coisas. Seria necessário crer no efeito e falar cheio de convicção: Eduja ronhes, eduja ronhes, transformo esta pedra em uma moeda de ouro (ou este pedaço de pedra em um celular caro.) Alguns amigos já testaram a mágica, e três realmente conseguiram êxito. Geralmente demora até a transferência acontecer, às vezes meses ou anos. Por isso não deve jogar a pedra para fora, se não ocorrer nada, mas deve guardá-la, talvez depois de um tempo vire ouro.
A pessoa, que ouviu essas palavras não acreditou na história nem depois de os três amigos confirmarem o milagre, mas no fundo sentiu cócegas irresistíveis para testar a suposta mágica. Gostaria até de transformar a si mesmo em um super-herói, mas teve medo, que funcionaria e que talvez não seria tão bom como se imagina. Talvez seus amigos não combinariam mais com ele ou a transformação implicaria outras coisas desagradáveis. Por isso decidiu-se por uma transformação mais simples, pegou uma caneta e disse cheio de fervor: Eduja ronhes, eduja ronhes, te transformo no melhor celular no mercado.”
Depois trancou a caneta em uma gaveta para ele não se perder. Não acreditou na mágica, mas pela dúvida abriu de vez em quando a gaveta para olhar, se já aconteceu a mudança.
Viu, e assim é também com Deus. Se orar cheio de fervor e sinceramente: Senhor, quero ser teu. Vem, faça parte da minha vida, transforme-me segundo o teu ideal, para eu virar uma pessoa boa e digna. Quero servir-te com minha vida e meus dons. Ajuda-me e mostra-me, onde e como posso trabalhar da melhor forma para ti. Se orar realmente sincero e sério, Deus vai te transformar, mudar os rumos de sua vida e você vai chegar a conhecê-lo.”
“Se fosse simples assim, por que não é que todos fazem tal teste com Deus?”
“Pois é. Pergunte a si mesmo. As pessoas certamente orariam sem medo: Senhor, se você existir, transforma essa caneta em um celular. Mas não têm coragem para oferecer a si mesmos para que Deus entrar nas suas vidas e transformar as pessoas e suas maneiras de viver.”
“Mas tal atitude seria completamente fora da lógica! Se Deus não existir, não precisariam ter medo de algo. Orariam, mas nada aconteceria. E se Deus existir e algo acontecer com as pessoas, elas pelo menos saberiam, que teriam que curvar-se e mudar as suas vidas.“
“Isso mesmo. Mas as pessoas tem medo justamente de mudanças, assim como o homem que tinha receio de transformar-se em um super-herói. Não querem parar com a vida velha, com suas atitudes. Quase todos têm seus vícios. Por exemplo, se alguém gasta todo o tempo com jogos de computador ou olhando pornôs ou se ganha dinheiro de modo ilegal ou está fornicando ou cultivando outro vício, não quer que Deus apareça e lhe tire esse prazer dando-lhe uma tarefa mais agradável e útil para os próximos, mesmo se muitos na retrospectiva reparam, que a vida nova traz uma felicidade muito mais profunda do que os vícios. E justamente por essa razão também você se recusa a testar a Deus, ainda que ele mesmo, na Bíblia, incentiva as pessoas para o testar.”
Você acredita na existência de Deus?
Para vender um produto os fazendeiros colocaram frutos e verduras na beira de uma estrada, anotaram os preços e voltaram para o seu trabalho. Quem passava, podia levar uma coisa e deixar o dinheiro numa caixa de papelão ou num prato. Se tiver troco, a pessoa sozinha podia trocar o dinheiro também. Já que as escolas foram excelentes, cada cidadão sabia fazer os cálculos de cabeça, e se alguém levava vários itens deixou o dinheiro certo no prato. Na noite ou na outra manhã o fazendeiro vinha buscar o dinheiro e o resto dos produtos.
1. Com o liberalismo e mais liberdades as pessoas começaram a questionar as regras e valores. (Nos países evangélicos mencionados o processo começou no fim do século XIX.) No início eram coisas sem importância como: Para que um professor de faculdade, pastor ou juiz tem que usar um roupão diferente e grande (talar)? Para que as crianças têm que se levantar, quando o professor entra? Conseguindo apoio na população nesses casos simples foram sempre mais ousadas e ultrapassaram a linha questionando as cruzes em prédios públicos, o ensino religioso, os direitos das igrejas, a necessidade a formar um casamento entre um só homem e uma mulher, e assim por diante, confundindo as mentes e colocando rachas entre o povo e as igrejas.
2. O feminismo agrediu, entre outros, a família tradicional e disse que o homem não seria mais o chefe da família. Grande parte dos homens não queria brigar e não sabia fazer nada contra a desobediência das mulheres e se retirou, procurando satisfação no trabalho ou em outros lugares. Mas as mulheres, muitas vezes bajulando a criança e dando com excesso tudo a ela, são muitas vezes submissas à criança e assim é a criança, quem decide na família e assim a criança carece de orientação e liderança. De qualquer forma a criança vive em uma confusão em que ninguém obedece a ninguém e aprende desobediência em vez de obediência.
3. O homossexualismo agrediu as famílias e igrejas e disse que não seria mais necessário um homem namorar uma mulher e vice-versa. Esse grande desafio que Deus pôs para os homens, que um homem tem que viver com uma mulher, embora que as mentes e sentimentos de homem e mulher sejam muito diferentes, para um aprender do outro, foi negado e dito que basta um homem viver com seu amigo e transar com ele, o que é muito mais prático. Ou ele poderia ser pelo menos bissexual, para aproveitar um maior número de possíveis parceiros sexuais.
4. O ateísmo. Os cristãos tentam defender os valores a partir do momento, que certa linha é transpassada. Eles falam, por exemplo, que Deus quer, que um homem tope o desafio de viver com uma mulher. Esse argumento as feministas e homossexuais não conseguem derrotar, por isso precisa-se do ateísmo. Por ele a existência de Deus é negada. Sem Deus tudo é lícito, ninguém pode mais dizer, que Deus quis aquilo ou proibiu aqueloutro. Tudo vira lícito. Muitos têm ainda mesmo sem frequentar mais as igrejas os valores cristãos na cabeça, outros, porém, começam a aproveitar o sistema para enriquecer ao custo dos outros, prejudicar os outros e fazerem outras coisas erradas. Os fazendeiros não podem mais deixar os seus produtos na estrada sem ninguém vigiá-los, senão alguém para e leva toda a caixinha com dinheiro e mais.
5. O islã começa invadir esses países. Imigrantes muçulmanos no início são pacíficos, mas em ruas ou bairros, onde são fortes, começam logo a agredir e ameaçar os outros, a criminalidade com mortos e estupros de moças cristãs aumenta. A maioria tem ainda a educação pacifica cristã na mente e não adere à violência para se defender. De qualquer forma não são mais um grupo homogêneo, mas se trata de cristãos, ateus, nihilistas e outros, e cada um tenta de se salvar de sua maneira, procurando aliança com os muçulmanos ou enfrentando a eles. Alguns começam a pagar com a mesma moeda, mas provocam assim ainda mais violência dos muçulmanos e dão um bom pretexto para eles acabarem como retaliação com os últimos cristãos nos países deles. A confusão e o medo crescem, e o islã vira até uma atração para a população, porque uma moça que vira muçulmana é protegida contra estupros, e um rapaz que vira muçulmano vai ser novamente chefe em sua família e mandar em sua esposa até com muito mais privilégios do que antigamente na época cristã.
Um país entre os dois extremos é o Libano. Nos anos 70 os cristãos perderam a maioria por causa da maior fertilidade dos muçulmanos, e foram derrotados em uma guerra civil. Agora são uma minoria e têm que se adaptar. Depois do fim da guerra sanguinolenta o país se aclamou. Os muçulmanos lutam também entre si e com Israel e Síria, e por isso não se ouve mais de matanças. Também acharam um sistema para todos tiverem seus deputados no parlamento. Mas a pressão é contínua e o número dos cristãos desaba, e o estupro impunível de meninas cristãs de outros países, que trabalham como empregadas em famílias muçulmanas do Líbano, é considerado como algo normal e natural.
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